Acreditar em si mesmo é um passo, mas só passa a fundamental quando o foco necessário é aplicável.
Sabemos que a autoconfiança exerce um papel fundamental para o sucesso ou fracasso mental de cada profissional e organização, impactando diretamente o nosso contexto interpessoal e de desempenho.
No mundo atual, onde a concorrência profissional é acerrimamente confrontada com as expectativas do self, torna-se indissociável a busca pela melhoria contínua – no conhecimento de mim próprio/a e em prol do equilíbrio nas tomadas de ação e decisão.
Hoje venho partilhar consigo, uma autora (que me inspira) Marie Forleo, que no seu livro Best seller “Tudo Tem Jeito” nos dá um exemplo prático fundamental que quero deixar consigo, caro/a leitor/a.
Esse exemplo prático é:
“Imagine que esta numa reunião importante no trabalho. Em vez de se distrair com pensamentos sobre outras tarefas que precisa realizar, você decide se concentrar totalmente na reunião. Você escuta ativamente, faz perguntas pertinentes e contribui com ideias valiosas. Essa atitude de estar plenamente presente não apenas aumenta a sua eficácia na reunião, mas também demonstra respeito e consideração pelos outros participantes.
Como o famoso autor e especialista em mindfulness Jon Kabat-Zinn disse: “Onde quer que você vá, lá você está.”
É com o fator de estar presente que também aumentamos a autoconfiança, pela auto-observação e reflexão dos meus pontos de melhoria. A importância de estar plenamente presente em todas as situações, seja no trabalho ou na vida pessoal vem dar um up da nossa total atenção ao momento presente, em que somos capazes de tomar melhores decisões, por conseguinte, construir relacionamentos mais fortes e viver uma vida mais satisfatória e equilibrada.
Por falar em equilíbrio – o da autoconfiança, não está sempre em uníssono com o nosso alto desempenho, até porque se assim fosse as pessoas mais autoconfiantes tinham sucesso em tudo o que realizassem e sabemos que isto não é verdade. Mas uma coisa é verdade, fazendo um paralelismo com o conceito de disciplina, apresentado no livro que atualmente estou a ler, Keller Williams “A única Coisa”.
Ninguém consegue ser em todas as vertentes disciplinado, parafraseando Leo Babauta “é um mito mais comum na nossa cultura a autodisciplina” e, vou mais longe neste paralelismo, acrescentando assim a autoconfiança.
O truque então onde está?!, em jeito de pergunta retórica, na medida em que o hábito da autoconfiança* se torna parte da nossa vida e rotinas laborais, tal como a atitude positiva, pois vai ser alguém que tem algo a funcionar regularmente para si – autoconfiança – porque trabalhou regularmente para isso.
Desenvolva este músculo!
Ao desenvolvermos o hábito da autoconfiança, em primeiro lugar este músculo em nós mesmos, fortalecemos o nosso self e o self organizacional podendo assim criar um ambiente propício à inovação, à colaboração e ao crescimento individual e coletivo, fator esse que a Inteligência Artificial ainda não criou. 😊
*O “habitus” (desenvolvido por Pierre Bourdieu refere-se a padrões duradouros de habilidades e comportamentos internalizados pelos indivíduos ao longo das suas experiências de vida).
Assim parece-me pertinente ir mais além, pois essa internalização da autoconfiança ganha destaque na socialização e interação dentro de uma organização. Pois se essas disposições são adquiridas através da socialização e interação dentro de um determinado contexto social também o é profissionalmente.
Boas reflexões,
Autoria própria, Sónia Sofia Morgado, Socióloga e Empreendedora
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cf. Williams, Keller (2012), “A única Coisa”.